Wednesday, April 16, 2008

Liga dos Campeões "mata" as selecções

Estamos nas meias-finais da Liga dos Campeões. Três das quatro equipas semi-finalistas são inglesas, sendo que uma das equipas que ficou pelos oitavos foi o Arsenal de Londres. Mas os sucessos das equipas inglesas não se reflectem na selecção. Pelo contrário, tem prejudicado. Olhando para os “onzes” das quatro equipas (Chelsea, Liverpool, Manchester e Arsenal) contamos 12 britânicos, onze deles ingleses.

No Arsenal, ingleses há apenas um com qualidade para internacional, o jovem Theo Walcott e quase sempre no banco do seu clube. O Liverpool tem quatro: Jamie Carragher, Steven Gerrard, Peter Crouch e Jermaine Pennant, todos internacionais mas apenas os dois primeiros indiscutíveis no clube. Ashley Cole, John Terry, Frank Lampard e Joe Cole têm sido titulares esta época no Chelsea. Wayne Bridge e Steve Sidwell têm alguma (mais o segundo que o primeiro) qualidade, mas não jogam com regularidade.

O Manchester é a equipa com mais britânicos (12): Ben Foster, Gary Neville, Wayne Rooney, Rio Ferdinand, Michael Carrick, Owen Hargreaves, Wes Brown, Chris Eagles, Paul Scholes, Darren Fletcher, John O´Shea e Ryan Giggs, mas três não são ingleses (Fletcher, O´Shea e Giggs) e Scholes já se retirou da selecção. Neville passou a época de baixa, enquanto Foster e Eagles raramente jogam. Assim deixo a pergunta: será que vale a pena “matar” a selecção para que as equipas possam “viver”?

Em Portugal caminha-se para o mesmo, mas nós temos a “sorte” de ser um país de exportadores de jogadores, algo que os ingleses (que vão falhar o Europeu) não têm. O meu onze “possível”: Foster, Neville, Terry, Ferdinand, Ashley Cole, Carrick, Gerrard, Lampard, Joe Cole, Rooney e Crouch.

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